sexta-feira, 27 de março de 2009

Segundo Mandamento


Não tomarás em vão o nome de Deus.

Com este mandamento Deus quer instruir nossa boca e nossa língua numa relação correta como com Ele, pois a primeira coisa que brota do coração e se manifesta são as palavras.

Tomar em vão ou abusar do nome de Deus quer dizer pronunciar o nome do Senhor Deus, seja qual for a maneira, para fins de mentira ou vício de qualquer espécie. Não existe abuso mais grave do nome de Deus que o de utilizá-lo para mentir e enganar.

A partir disso podemos observar como é variado e freqüente o mal uso que se faz do nome de Deus. Geralmente o abuso do nome divino ocorre em negócios seculares referentes a dinheiro, bens e honra. No casamento e na sexualidade também é comum haver mal uso do nome divino. Mas esse abuso alcança sua freqüência máxima em questões espirituais, quando falsos pregadores anunciam mentiras como se fosse a Palavra de Deus, ou quando, publicamente e de forma grosseira as pessoas desrespeitam a Palavra e o nome de Deus.

Mentir e enganar, por si só, já são graves pecados, mas tornam-se mais graves ainda quando alguém tenta justifica-los utilizando-se do nome de Deus, como se fosse um manto. Neste caso, uma mentira é transformada em dupla mentira.

Além disso, se faz mal uso do nome de Deus quando se utiliza dele para amaldiçoar, jurar, praticar a feitiçaria, em resumo, cometer qualquer espécie de maldade. Quanto aos juramentos, Jesus nos ordenou a não fazê-lo (Mt 5.33-37). A nossa compreensão é a seguinte: não se deve fazê-lo em apoio do mal, para sustentar a mentira ou onde não for necessário nem útil. Mas quando os juramentos são feitos para o bem, em benefício do próximo, para confirmar a verdade e a justiça, tornam-se uma obra boa em que Deus é louvado. As pessoas estão respeitando os juramentos que fazem? Casamento? Confirmação? Tribunal?

Infelizmente é tão pequeno o número de pessoas que não faz uso do nome de Deus para sustentar mentiras e maldades como também é pequeno o número daqueles que de coração confiam somente em Deus.

Deus deseja que se invoque o Seu nome constantemente e de forma proveitosa para apoiar a verdade e o bem. Isso acontece, por exemplo, quando se jura acertadamente onde for exigido; quando se ensina corretamente; quando se está em dificuldades (Sl 50.15). Nestes exemplos o nome de Deus é santificado, como oramos no Pai-Nosso.

Devemos sempre trazer em nossos lábios o santo nome de Deus invocando-o em todas as nossas necessidades. Quantas vezes já experimentamos que fomos desviados de desgraças quando o invocamos? Esta também é uma arma poderosa contra o diabo, que sempre anda em torno de nós. Não lhe agrada nenhum pouco ouvir o nome de Deus proferido e invocado do coração de um cristão. Ele foge antes de causar algum dano.

Muitas pessoas têm por hábito repetir determinadas frases relacionadas com o nome de Deus: “Meu Deus!” “Deus me livre!” “Graças a Deus!” Este pode ser um bom hábito quando, junto com as palavras leva-se também o coração. Quando, porém, trata-se apenas de um costume, está se fazendo uso em vão do santo nome divino.

OBS: Estudo baseado no Catecismo Maior de Martinho Lutero.

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