"Eu sou o Senhor teu Deus! Não terás outros deuses".
Ter um Deus significa confiar inteiramente e crer nele de coração. No entanto, o somente confiar e crer pode fazer tanto Deus como um ídolo, pois aquilo em que prendemos o coração e confiamos, isso é propriamente o nosso Deus.
Há pessoas que pensam que têm Deus quando possuem dinheiro e bens. O deus dessas pessoas se chama “Mâmon”, isto é, dinheiro e bens. Nisso põem o seu coração e a sua confiança. Esse é o ídolo mais comum na terra. Quem possui dinheiro e bens, facilmente, sente-se em segurança, é alegre e destemido. Quem não possui nada, tende a duvidar e desesperar, como se de nenhum Deus tivesse notícia.
Há outras pessoas que se vangloriam de grande erudição, inteligência, poder e honra e nisso põem a sua confiança. Essas pessoas também têm um Deus, não, porém, o único e verdadeiro Deus.
Tudo isso revela uma grande cegueira espiritual com respeito ao primeiro mandamento. Na época de Lutero, se alguém, por exemplo, estava com dor de dente, jejuava em honra a Santa Apolônia (Mártir do século III, seus dentes haviam sido quebrados); se temia incêndio, fazia de São Lourenço seu padroeiro (Mártir romano, queimado em 258); se pestilência, fazia voto a São Roque (dedicou-se às vítimas da peste). Também havia, como ainda há, aqueles que fazem pacto com o diabo, a fim de que lhes dê dinheiro, ajude em relacionamentos amorosos, lhes proteja os bens, etc.
Assim compreendemos como o mundo, em geral, pratica apenas falso culto a Deus e idolatria. Cada pessoa erigiu para si um deus. O mundo também confia e crê em seus deuses. Mas se trata de um confiar e crer errado e falso, pois não se dirige ao único Deus, além do qual, na verdade, não há Deus, nem no céu, nem na terra.
Além disso, existe ainda, outro culto falso. Trata-se da maior idolatria praticada no mundo. Quando a consciência procura ajuda, consolo e salvação em suas próprias obras. Calcula-se o valor das ofertas, a quantidade de orações, quantas vezes fomos à igreja, etc., e nessas obras coloca-se a confiança. Dessa forma, não se espera receber nada gratuitamente de Deus, mas conquistar e merecer tudo por esforço próprio, como se Deus fosse o devedor.
O sentido desse mandamento pode ser, agora, facilmente compreendido: é exigir fé genuína e confiança de coração, que vai certeiramente e inteiramente ao verdadeiro e único Deus e se apega exclusivamente a ele e mais ninguém. Pois é Deus quem nos dá todo o necessário em bens temporais e eternos. Mesmo que nós recebemos muitas coisas boas de outras pessoas, elas são apenas a mão, o canal e o meio através das quais Deus nos concede tudo. Em outras palavras, é como se Deus nos dissesse: “Toma cuidado no sentido de apenas eu ser o teu Deus e de forma nenhuma procures outro; o que te falta em matéria de coisas boas, espera-o de mim e procura-o junto a mim; e se sofres, arrasta-te para junto de mim e apega-te comigo. Eu quero te dar o suficiente e te livrar de todo aperto. Tão só não prendas e não descanses o teu coração em nenhum outro”.
Em Êxodo 20.5-6 observamos o quanto Deus está irado contra os que confiam em qualquer coisa fora dele. Estes são os que o “aborrecem”. Inversamente, observamos também, como Deus é bondoso e gracioso para com aqueles que confiam e creem nele de todo o coração. Logo, a observância a este mandamento nos rende eterna bênção, felicidade e salvação. Já a não observância, nos rende eterna ira, desgraça e pesar.
Pense no seguinte: o que alcançaram as pessoas que dedicaram todo o vigor da vida em amontoar muito dinheiro e bens e se esqueceram do verdadeiro Deus? Na bíblia temos o exemplo dos reis Saul e Davi. Quando Saul esteve firmemente entronizado como rei de Israel, permitiu que o seu coração declinasse (1 Sm 15.11ss), se prendeu à sua coroa e poder. Pereceu com tudo o que tinha (1 Sm 31). Davi, ao contrário, era um homem pobre, desprezado, perseguido, de modo que em parte nenhuma se sentia seguro quanto à sua vida, mas confiava em Deus e foi coroado rei de Israel em lugar de Saul (1 Sm 18 até 2 Sm 2).
O primeiro mandamento é o mais importante de todos, pois quando o coração está inteiramente direcionado ao verdadeiro Deus, o cumprimento dos demais se segue por si.
Vamos esquadrinhar o nosso próprio coração e descobriremos se nos apegamos ou não apenas em Deus. Se tivermos um coração que é capaz de esperar somente coisas boas de Deus, especialmente em aflições, e que sabe renunciar e abandonar tudo o que não é Deus, então possuímos o único e verdadeiro Deus.
OBS: Estudo baseado no Catecismo Maior de Martinho Lutero.
Há pessoas que pensam que têm Deus quando possuem dinheiro e bens. O deus dessas pessoas se chama “Mâmon”, isto é, dinheiro e bens. Nisso põem o seu coração e a sua confiança. Esse é o ídolo mais comum na terra. Quem possui dinheiro e bens, facilmente, sente-se em segurança, é alegre e destemido. Quem não possui nada, tende a duvidar e desesperar, como se de nenhum Deus tivesse notícia.
Há outras pessoas que se vangloriam de grande erudição, inteligência, poder e honra e nisso põem a sua confiança. Essas pessoas também têm um Deus, não, porém, o único e verdadeiro Deus.
Tudo isso revela uma grande cegueira espiritual com respeito ao primeiro mandamento. Na época de Lutero, se alguém, por exemplo, estava com dor de dente, jejuava em honra a Santa Apolônia (Mártir do século III, seus dentes haviam sido quebrados); se temia incêndio, fazia de São Lourenço seu padroeiro (Mártir romano, queimado em 258); se pestilência, fazia voto a São Roque (dedicou-se às vítimas da peste). Também havia, como ainda há, aqueles que fazem pacto com o diabo, a fim de que lhes dê dinheiro, ajude em relacionamentos amorosos, lhes proteja os bens, etc.
Assim compreendemos como o mundo, em geral, pratica apenas falso culto a Deus e idolatria. Cada pessoa erigiu para si um deus. O mundo também confia e crê em seus deuses. Mas se trata de um confiar e crer errado e falso, pois não se dirige ao único Deus, além do qual, na verdade, não há Deus, nem no céu, nem na terra.
Além disso, existe ainda, outro culto falso. Trata-se da maior idolatria praticada no mundo. Quando a consciência procura ajuda, consolo e salvação em suas próprias obras. Calcula-se o valor das ofertas, a quantidade de orações, quantas vezes fomos à igreja, etc., e nessas obras coloca-se a confiança. Dessa forma, não se espera receber nada gratuitamente de Deus, mas conquistar e merecer tudo por esforço próprio, como se Deus fosse o devedor.
O sentido desse mandamento pode ser, agora, facilmente compreendido: é exigir fé genuína e confiança de coração, que vai certeiramente e inteiramente ao verdadeiro e único Deus e se apega exclusivamente a ele e mais ninguém. Pois é Deus quem nos dá todo o necessário em bens temporais e eternos. Mesmo que nós recebemos muitas coisas boas de outras pessoas, elas são apenas a mão, o canal e o meio através das quais Deus nos concede tudo. Em outras palavras, é como se Deus nos dissesse: “Toma cuidado no sentido de apenas eu ser o teu Deus e de forma nenhuma procures outro; o que te falta em matéria de coisas boas, espera-o de mim e procura-o junto a mim; e se sofres, arrasta-te para junto de mim e apega-te comigo. Eu quero te dar o suficiente e te livrar de todo aperto. Tão só não prendas e não descanses o teu coração em nenhum outro”.
Em Êxodo 20.5-6 observamos o quanto Deus está irado contra os que confiam em qualquer coisa fora dele. Estes são os que o “aborrecem”. Inversamente, observamos também, como Deus é bondoso e gracioso para com aqueles que confiam e creem nele de todo o coração. Logo, a observância a este mandamento nos rende eterna bênção, felicidade e salvação. Já a não observância, nos rende eterna ira, desgraça e pesar.
Pense no seguinte: o que alcançaram as pessoas que dedicaram todo o vigor da vida em amontoar muito dinheiro e bens e se esqueceram do verdadeiro Deus? Na bíblia temos o exemplo dos reis Saul e Davi. Quando Saul esteve firmemente entronizado como rei de Israel, permitiu que o seu coração declinasse (1 Sm 15.11ss), se prendeu à sua coroa e poder. Pereceu com tudo o que tinha (1 Sm 31). Davi, ao contrário, era um homem pobre, desprezado, perseguido, de modo que em parte nenhuma se sentia seguro quanto à sua vida, mas confiava em Deus e foi coroado rei de Israel em lugar de Saul (1 Sm 18 até 2 Sm 2).
O primeiro mandamento é o mais importante de todos, pois quando o coração está inteiramente direcionado ao verdadeiro Deus, o cumprimento dos demais se segue por si.
Vamos esquadrinhar o nosso próprio coração e descobriremos se nos apegamos ou não apenas em Deus. Se tivermos um coração que é capaz de esperar somente coisas boas de Deus, especialmente em aflições, e que sabe renunciar e abandonar tudo o que não é Deus, então possuímos o único e verdadeiro Deus.
OBS: Estudo baseado no Catecismo Maior de Martinho Lutero.